quarta-feira, março 31

Rabinhos de meninos

Embora, felizmente, não seja baptizado, frequentei a catequese durante alguns anos durante a minha infância - graças a deus as catequistas eram todas do sexo feminino. Percebo agora porque é que nos obrigavam a ir à missa e nos diziam que o padre nos queria ver lá. Ainda bem que, não sendo baptizado, não me podia confessar. A ideia de ficar fechado numa cabine escura só com um padre velho é realmente asquerosa e assustadora.
Todos os dias se ouve falar de mais escândalos envolvendo abusos sexuais de menores por parte de padres, cónegos, bispos e dessa corja toda. Acho que é um exagero usar a palavra escândalo, quando é algo perfeitamente usual no meio.
Sempre achei a igreja hipócrita, antiquada e desprovida de sentido da realidade. Um mundo à parte que se alimenta das vidas dos menos afortunados. Se juntarmos a isto uma cambada nojenta e asquerosa de padres velhos a abusar de criancinhas, com que é que ficamos? Ainda por cima estes montes de esterco não pagam impostos nem declaram rendimentos... Que porra de merda é esta? Tá a sair guita do meu bolso para esses anormais? Quantas mais crianças é que terão de ser violadas até se acabar com esta palhaçada? É claro que a culpa é dos fieis... Mas fieis a quê, pergunto eu? A rabinhos tenrinhos? Ganhem juízo por amor de deus... (sim, eu escrevo deus com letra pequena).

segunda-feira, março 29

Gente da minha terra

Gente da minha terra é um programa de Rui Sinel de Cordes que está a passar actualmente na SIC Radical. Vi os 3 primeiros episódios e não consegui parar de rir do primeiro ao último momento. O seu humor negro e assumidamente de mau gosto é uma pedrada no charco neste nosso país de brandos costumes. Sem medo de ferir susceptibilidades e a tocar em temas considerados tabu pela nossa pacata sociedade marinada em hipocrisia, Rui Sinel de Cordes traz efectivamente algo de novo ao humor em Portugal, embora não lhe augure um grande futuro, pois por cá tudo o que é bom acaba depressa...

domingo, março 28

MC Snake

No passado dia 15 de Março, o rapper MC Snake foi morto por um polícia com um tiro nas costas, aparentemente numa operação stop de rotina. Um caso realmente infeliz e lamentável e cujos contornos estão ainda por esclarecer.
Mas será caso para evocar racismo como ouvi em declarações de algumas figuras públicas? E se tivesse sido ao contrário? A vítima branca e o polícia preto?
Acho que todo este ruído de fundo só serve para desviar a atenção do que realmente interessa - a incompetência e falta de preparação das nossas forças de segurança.

R.I.P.